Nem todas as atividades postadas no blog "Nos Caminhos da Alfabetização" são de nossa autoria e algumas desconhecemos.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Conhecimentos


TEXTO 01

ALFABETIZAÇÃO UM PROCESSO EM CONSTRUÇÃO

O desafio colocado pelas orientações curriculares, expectativas de aprendizagem e apostilas mensais de apoio pedagógico do 1.º ano é grande: a formação de alunos leitores e escritores. Este não é só um dos grandes objetivos da nossa Rede, mas também de toda a sociedade. Afinal, aprender a ler e escrever na escola é uma condição indispensável para os alunos prosseguirem com sucesso na sua formação escolar e no seu desenvolvimento profissional. É condição essencial para que possam atuar como cidadãos e, assim, ter acesso à cultura letrada e usufruir plenamente dela nas situações de trabalho, de lazer e na resolução de questões de seu cotidiano.

E todos concordam que, esta deve ser a tarefa prioritária do Ensino Fundamental. Esperamos que as Orientações Curriculares, Expectativas de Aprendizagem e as Apostilas de Apoio Pedagógico, que consta de “orientações didáticas e sugestões de atividades”, a partir das quais você professor/coordenador pedagógico poderá planejar outras.sempre articulando a teoria com a prática, sejam seus aliados no dia-a-dia de prática docente na escola. Não apenas por facilitar seu planejamento, mas por provocar reflexões e inquietações, não só por lhe ajudar a incorporar novas atividades, mas por permitir um novo olhar perante as práticas pedagógicas, dando-lhes novos sentidos.

Esperamos, enfim, que estes subsídios oferecidos apontem caminhos e torne possível alcançar nossa ambiciosa meta de alfabetizar todos os alunos até o final do 1º ano.

Para alcançarmos esta alfabetização para todos tão desejada, alguns trabalhos sistematizados se fazem necessários, como:

O Diagnóstico da Evolução da Escrita dos alunos.

O Desenvolvimento de uma rotina no planejamento das aulas.

O Ambiente Alfabetizador.

A Leitura em Voz Alta feita pelo professor de textos de qualidade.

E o essencial, para que os itens acima sejam alcançados é ter o perfil de professor alfabetizador, gostar de alfabetizar, o que significa estar disposto a enfrentar os desafios e trabalhos exigidos no ofício de alfabetizar.

Abaixo foram elencados alguns pontos essenciais para a alfabetização e de freqüente dúvida entre os professores alfabetizadores, assim conforme solicitação, os mesmos estão apresentados em forma de perguntas e nas respostas estão textos para estudo e reflexão da equipe docente e coordenadores pedagógicos. Outras dúvidas que surgirem podem ser enviadas para o e-mail arleneisac@yahoo.com.br, para que juntos possamos trocar idéias, textos, enfim, caminharmos juntos na construção do conhecimento e da prática pedagógica da alfabetização.

Desejo um 2010 repleto de alegria e realizações.



























PONTOS ESSENCIAIS PARA UMA ALFABETIZAÇÃO DE SUCESSO

E QUE EXIGEM CONHECIMENTO E COMPREENSÃO

DO PROFESSOR ALFABETIZADOR









1- Qual a finalidade do diagnóstico? Para quê o registro na planilha do diagnóstico?





O Diagnóstico/Sondagem serve para o professor:

§ Conhecer as hipóteses dos alunos não Alfabetizados.

§ Verificar a reciprocidade entre o desempenho dos alunos e suas práticas de ensino.

§ Planejar as atividades de leitura e de escrita diferenciadas de forma a atender a diversidade da sala.

§ Definir os agrupamentos produtivos.

§ Fazer intervenções pontuais junto às crianças, adequadas à realidade apresentada.

É importante destacar que o preenchimento da planilha não deve ser encarada como mais um papel a ser preenchido, ou mais uma burocracia, pois a realização periódica da mesma oferece informações sobre aquilo que seus alunos sabem e o que precisam aprender, é uma fonte de informações para a formulação de práticas pedagógicas, portanto, ela deverá ser considerada por você como um importante instrumento pedagógico no direcionamento e execução de seu planejamento, pois fornece informações preciosas para o planejamento das atividades de leitura e escrita, assim como para a definição das parcerias de trabalho entre os alunos(agrupamentos) e para fazer boas intervenções junto aos alunos.





Concluindo o registro da avaliação diagnóstica será um importante subsídio para o planejamento do trabalho a ser desenvolvido com a turma como um todo e com cada aluno individualmente.









2- Quando realizar o diagnóstico?

§ Início das aulas (fevereiro)

§ Abril

§ Junho

§ Setembro

§ Final de Novembro





3- Como realizar o diagnóstico?

DITAR UMA LISTA DE QUATRO PALAVRAS DE UM MESMO CAMPO SEMÂNTICO NA SEGUINTE ORDEM:

§ 1.º) UMA PALAVRA POLISSÍLABA.

§ 2.º) UMA PALAVRA TRISSÍLABA.

§ 3.º) UMA PALAVRA DISSÍLABA.

§ 4.º) UMA PALAVRA MONOSSÍLABA.

§ 5.º) CRIAR UMA FRASE COM UMA DAS PALAVRAS DITADAS PARA OBSERVAR SE HÁ ESTABILIDADE NA ESCRITA.

§ EXEMPLO:

LISTA DE ANIMAIS

RINOCERONTE

CORUJA

COBRA



A COBRA RASTEJA NO CHÃO.





OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:





§ O ditado deve ser iniciado pela palavra polissílaba, depois a trissílaba, a dissílaba e, por último, a monossílaba. Esse cuidado deve ser tomado porque, no caso das crianças escreverem segundo a hipótese do número mínimo de letras, poderão recusar-se a escrever caso tenham de começar pelo monossílabo.





§ Evite palavras que repitam as mesmas vogais em sílabas contíguas (exemplo: gata, ovo, casa), pois, isso também pode fazer com que as crianças entrem em conflito – por causa da hipótese da variedade e também recusem-se a escrever.





§ Cada palavra ditada deve, necessariamente, ser seguida da leitura pelo aluno daquilo que escreveu. Por meio da leitura é que o professor poderá observar se o aluno estabelece ou não relações entre aquilo que ele escreveu e aquilo que ele lê em voz alta, ou seja, entre a fala e a escrita. Peça que o aluno leia apontando com o dedo, se ele ler no todo marque uma linha contínua, se leu apontando as partes registre a leitura feita. Exemplo:

AFREJBM K L N B R I O E O E





RINOCERONTE RI NO CE RON TE RI NO CE RON TE

PS2 SSVS SCVS





§ Após o ditado da lista, dite uma frase que envolva pelo menos uma das palavras da lista, para que se possa observar se os alunos voltam a escrever essa palavra de forma semelhante, ou seja, se a escrita dessa palavra permanece estável mesmo no contexto de uma frase.





§ Faça a sondagem individualmente, deixando o restante da turma envolvido com outras atividades que não solicitem tanto sua presença (a cópia de uma cantiga, a produção de um desenho etc.). Se necessário, peça ajuda ao diretor, coordenador ou a outra pessoa que possa lhe dar esse suporte.





§ Dite normalmente as palavras e a frase, sem silabar.





§ ATENÇÃO! Se algum aluno se recusar a escrever, ofereça-lhe letras móveis.





4- Quais são as Hipóteses de Escrita? Como identificá-las na escrita dos alunos?

A identificação da hipótese será possível através da observação da escrita e da leitura realizada pelas crianças no decorrer do diagnóstico. Através da escrita de cada palavra ditada no diagnóstico acompanhada da imediata leitura pelas crianças indicando com o dedinho onde e como estão lendo, e marcação de como esta leitura foi realizada, se leitura contínua, fazer um traço abaixo da palavra escrita e lida, se a leitura foi indicando os pedaços das palavras lidas (indicar quais e o que cada pedacinho representa na leitura). Abaixo estão alguns exemplos, para melhor entendimento.

PRÉ-SILÁBICO 1:

§ Não sabe que escreve com letras.

§ Não distingue o figurativo do escrito.

§ z leitura global.

R

RINOCERONTE









PRÉ SILÁBICO 2

§ Sabe que escreve com letra.

§ Distingue o figurativo do escrito.

§ A leitura é global.

BAFREJBM

RINOCERONTE





SILÁBICO SEM VALOR SONORO

§ Sabe que a escrita representa a fala.

§ Usa uma letra para cada sílaba.

§ Não faz relação sonora com a sílaba escrita

K L N B R M L





RI NO CE RON TE



SILÁBICO COM VALOR SONORO

§ Sabe que a escrita representa a fala.

§ Usa uma letra para cada sílaba.

§ Inicia o processo de vinculação sonora nas palavras





I O E O E





RI NO CE RON TE



SILÁBICO ALFABÉTICO

§ Escreve ora silabicamente.

§ Ora escreve alfabeticamente.

RI N CEROTE



ALFABÉTICO

§ Escreve do jeito que fala.

§ Hora de corrigir a ortografia.

RINOSSERONTI

5- Por que o uso de uma Rotina Semanal no planejamento da Alfabetização?

Organizar uma rotina semanal é fundamental para orientar o planejamento e o cotidiano da sala de aula. Ela se expressa na forma como são organizados o tempo, o espaço, os materiais, as propostas e intervenções do professor e revela suas intenções educativas.

Quando o adulto informa à criança sobre sua programação diária, está lhe ajudando a ampliar as suas noções de tempo, construindo importantes noções de anterioridade e posterioridade. Tal atitude traz conseqüências, também para o emocional dos alunos, que se sentem menos ansiosos ante uma rotina que conhecem previamente.

Outro ponto importante com a utilização da rotina no planejamento semanal é a garantia de estar trabalhando a formação integral da criança, como: a linguagem oral, a leitura, a escrita abrangendo (produção e revisão textual, análise lingüística da formação das palavras (relação grafema/fonema), contato com diferentes gêneros textuais, o calendário, o raciocínio lógico matemático, a ludicidade, as diferentes áreas do conhecimento todos contextualizados e articulados, buscando situações reais de uso social da leitura, da escrita e da oralidade.





6- Qual é a Rotina Semanal da Alfabetização? Diga qual o objetivo de cada item desta rotina.





ITENS FREQUÊNCIA SEMANAL

DOS ÍTENS

Acolhida Todos os dias

Leitura Compartilhada Todos os dias

Calendário Todos os dias

Roda de Conversa Todos os dias

Registro da Roda de Conversa Todos os dias

Hora da Atividade Todos os dias

Produção de Texto Uma vez por semana

Revisão de Texto Uma vez por semana

Recreação Dirigida/Educação Física Uma vez por semana

Artes Uma vez por semana

Hora da Leitura: Leitura em Voz Alta feita pelo Professor e Leitura pelo Aluno No mínimo duas vezes por semana

Para Casa Exceto na 6.ª feira







Nessa proposta de alfabetização, a rotina semanal contempla:





☻ Acolhida: É o momento lúdico de receber o aluno de forma prazerosa, é a hora da conquista, a hora de definir a sua aula;

☻Leitura Compartilhada: É a hora de compartilhar com os alunos a leitura de diferentes gêneros textuais partindo para a apreciação do texto, conhecimento da estrutura deste gênero textual, análise linguística de algumas palavras, ela também é um meio que favorece a integração do trabalho de leitura e de escrita com as demais áreas do currículo;

☻Calendário: O calendário é um recurso muito útil para que os alunos se aproximem da idéia sobre a medida de tempo. Isso porque o registro de acontecimentos do dia-a-dia auxilia na percepção e no registro de seu transcurso.

☻Roda de Conversa: É a hora de estimular a oralidade das crianças, observar sua participação, conhecer um pouco de sua vivência mediante o tema ou situação levantada para discussão.





☻Registro da Roda de Conversa: É a oportunidade que se tem de escrever com um propósito real (para se lembrarem da conclusão da roda de conversa), a escrita vai depender do encaminhamento da roda de conversa, pode ser: uma lista, um bilhete, uma carta, uma poesia etc. Nesta hora as crianças terão a oportunidade de presenciar a escrita tendo como modelo o seu professor, observando: o direcionamento da escrita, a disposição do texto escrito no papel, a relação entre fala e escrita. É um momento muito importante para as crianças.

☻Hora da Atividade: Abrangerá as situações didáticas de reflexão sobre o sistema de escrita alfabético e a apropriação da linguagem que se escreve, como também do raciocínio lógico matemático e dos demais conteúdos, todos na medida do possível, integrados ao tema mensal. Na hora da atividade. haverá uma diversidade de atividades com diferentes propósitos e, ao mesmo tempo, uma repetição delas para que o desempenho dos alunos seja cada vez melhor. Não é preciso inventar novas atividades a cada dia, mas é importante variar o gênero que vai ser trabalhado (contos, parlendas, listas, poemas, textos instrucionais etc.).

☻Produção de Texto: É preciso que nunca se perca de vista que não há como criar do nada, é preciso ter boas referências. Por isso a formação de bons escritores depende não só de uma prática continuada de produção de textos, mas de uma prática constante de leitura. É o momento da rotina em que as crianças mesmo sem saber escrever convencionalmente, produzirão textos tendo o professor como escriba, as crianças ditam e o professor escreve. Trata-se do momento em que as crianças terão a proposta de produzir um texto sabendo para que e para quem estão produzindo, revestindo a escrita de seu caráter social, como também as características do gênero textual proposto para a escrita; isto porque já escutaram a leitura de uma variedade deste gênero textual e refletiram sobre os aspectos próprios do mesmo tendo o professor como o mediador.

☻Revisão Textual: É um espaço privilegiado da rotina de articulação das práticas de leitura, produção escrita e reflexão sobre a língua (e mesmo de comparação entre linguagem oral e escrita). Trata-se do conjunto de procedimentos por meio dos quais um texto é trabalhado até o momento em que esteja bem escrito. Esse procedimento é aprendido por meio da participação dos alunos em situações coletivas de revisão de texto, onde o professor é mediador entre o texto e as crianças. O professor precisa selecionar em quais aspectos pretende focar a revisão, ou bem se foca a atenção na coerência da apresentação dos conteúdos, nos aspectos coesivos e pontuação, ou na ortografia.

☻Recreação Dirigida/Educação Física: Brincar e jogar são fontes de lazer assim como fontes de conhecimento: por essa dupla natureza consideramos o brincar parte integrante da rotina educacional. Assim o momento da recreação funciona como cenário no qual os alunos tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la.

☻Artes: É o momento de se expressar de forma criativa através da arte: do desenho, da pintura, da construção, da modelagem, dobraduras, colagem, dramatização e música, construindo uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal, respeitando a própria criação e a dos colegas. é quando se aprende a apreciar os valores estéticos, a desenvolver a atenção e a observação.

☻Para Casa: Agora é hora do professor orientar bem os alunos sobre a tarefa de casa, estimulando a autonomia, a fazer sozinho o que foi trabalhado em sala.

☻Hora da Leitura:

Leitura em Voz Alta Feita Pelo Professor: É o momento especial do professor ler para os alunos, com a intenção de despertar o interesse, de provocar o desejo, de mostrar o prazer que pode nos trazer a leitura... É quando o professor se torna um bom modelo de leitor, compartilhando com os alunos a leitura de livros que os alunos não seriam capazes de ler sozinhos. Aqui se inclui o caso de livros com textos longos (e às vezes difíceis) que por sua qualidade e beleza, podem vir a encantá-los e o professor torna possível o acesso a essa leitura aos alunos, a leitura pode ser feita em capítulos em diversas aulas, quando se tratar de textos longos. A leitura de textos realizada pelo professor precisa ser uma prática continuada e freqüente, pois, são estes textos que podem se converter em referências de escrita para os alunos. Também é o momento em que as crianças aprendem a apreciar o momento das histórias, acompanhando com atenção crescente a leitura do professor, a comentar trechos das histórias lidas e seus personagens, com a ajuda do professor, a demonstrar seu gosto literário quando escolhe os livros a serem lidos. Atenção professor no momento de selecionar os textos! Escolha sempre textos com qualidade. Evite as versões adaptadas, que simplificam o conteúdo e a linguagem do texto. Esses textos pouco contribuem para a formação de seus alunos enquanto leitores e escritores.





"Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever”.[1]





Leitura Feita pelo Aluno: Agora chegou a hora de ver se a estratégia está funcionando. Deixe que os alunos se deliciem com a leitura, crie oportunidades para que eles leiam das mais diversas formas possíveis. Possam explorar livros, revistas, gibis e jornais livremente, nos cantos de leitura. Estimule o empréstimo de livros para que os familiares façam a leitura e eles recontem na sala, se tiverem livros com textos não verbais eles podem interpretar e contar a historia ao grupo.





7- O que é o Ambiente Alfabetizador?

TEXTO 1

Diz-se que um ambiente é alfabetizador quando promove um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita nas quais as crianças têm a oportunidade de participar. Se os adultos com quem as crianças convivem utilizam a escrita no seu cotidiano e oferecem a elas a oportunidade de presenciar e participar de diversos atos de leitura e de escrita, elas podem, desde cedo, pensar sobre a língua e seus usos, construindo idéias sobre como se lê e como se escreve.

Na escola são variadas as situações de comunicação que necessitam da mediação pela escrita. Isso acontece, por exemplo, quando se recorre a uma instrução escrita de uma regra de jogo, quando se lê uma notícia de jornal de interesse das crianças, quando se informa sobre o dia e o horário de uma festa em um convite de aniversário, quando se anota uma idéia para não esquecê-la ou quando o professor envia um bilhete para os pais e tem a preocupação de lê-lo para as crianças, permitindo que elas se informem sobre o seu conteúdo e intenção.

Todas as tarefas que tradicionalmente o professor realizava fora da sala e na ausência das crianças, como preparar convites para as reuniões de pais, escrever uma carta para uma criança que está se ausentando, ler um bilhete deixado pelo professor do outro período etc., podem ser partilhadas com as crianças ou integrarem atividades de exploração dos diversos usos da escrita e da leitura.

A participação ativa das crianças nesses eventos de letramento configura um ambiente alfabetizador na instituição. Isso é especialmente importante quando as crianças provêm de comunidades pouco letradas, em que têm pouca oportunidade de presenciar atos de leitura e escrita junto com parceiros mais experientes. Nesse caso, o professor torna-se uma referência bastante importante. Se o educador trouxer os diversos textos utilizados nas práticas sociais para dentro da instituição, estará ampliando o acesso ao mundo letrado, cumprindo um papel importante na busca da igualdade de oportunidades.

Algumas vezes, o termo “ambiente alfabetizador” tem sido confundido com a imagem de uma sala com paredes cobertas de textos expostos e, às vezes, até com etiquetas nomeando móveis e objetos, como se esta fosse uma forma eficiente de expor as crianças à escrita. É necessário considerar que expor as crianças às práticas de leitura e escrita está relacionada com a oferta de oportunidades de participação em situações nas quais a escrita e a leitura se façam necessárias, isto é, nas quais tenham uma função real de expressão e comunicação.

A experiência com textos variados e de diferentes gêneros é fundamental para a constituição do ambiente de letramento. A seleção do material escrito, portanto, deve estar guiada pela necessidade de iniciar as crianças no contato com os diversos textos e de facilitar a observação de práticas sociais de leitura e escrita nas quais suas diferentes funções e características sejam consideradas. Nesse sentido, os textos de literatura geral e infantil, jornais, revistas, textos publicitários etc. são os modelos que se pode oferecer às crianças para que aprendam sobre a linguagem que se usa para escrever.

O professor, de acordo com seus projetos e objetivos, pode escolher com que gêneros vai trabalhar de forma mais contínua e sistemática, para que as crianças os conheçam bem. Por exemplo, conhecer o que é uma receita culinária, seu aspecto gráfico, formato em lista, combinação de palavras e números que indicam a quantidade dos ingredientes etc. assim como as características de uma poesia, histórias em quadrinhos, notícias de jornal etc.

Alguns textos são adequados para o trabalho com a linguagem escrita nessa faixa etária, como, por exemplo, receitas culinárias; regras de jogos; textos impressos em embalagens, rótulos, anúncios, slogans, cartazes, folhetos; cartas, bilhetes, postais, cartões (de aniversário, de Natal etc.); convites; diários (pessoais, das crianças da sala etc.); histórias em quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infantis; parlendas, canções, poemas, quadrinhas, adivinhas e trava-línguas; contos (de fadas, de assombração etc.); mitos, lendas, “causos” populares e fábulas; relatos históricos; textos de enciclopédia etc.[2]





TEXTO 2

Nas palavras de Emília Ferreiro, criar um ambiente alfabetizador significa organizar a sala de aula de maneira que cada parte ofereça materiais que favoreçam a aquisição de conhecimentos:

- Canto da leitura;

- Materiais diversos com ilustrações e escritas ( jornais, revistas,

dicionários, folhetos, embalagens, etc.);

- Alfabeto ilustrado;

- Seqüência numérica;

- Calendário;

- Painel de aniversariantes:

- Painel de ajudantes;

- Listão de palavras.

As crianças possuem diferentes preferências por uma atividade ou outra, cada criança também um ritmo que lhe é próprio, ou seja, o desenvolvimento das suas atividades psicomotoras, de seu relacionamento com os outros, de sua fala e diversas outras formas de comunicação vão acontecendo para cada criança em épocas relativamente distintas. As crianças reagem de formas diferentes, por isso o ambiente alfabetizador precisa ser organizado e assimilado aos hábitos de trabalho que contribuem para a independência da criança.

Muitas vezes a mesma sala é dividida com turmas de outros horários. É importante que os professores entrem em acordo sobre a utilização do espaço, a fim de que um não atrapalhe o outro. Os professores poderão também desenvolver nos alunos o respeito pelo material exposto por outra turma.

Os materiais expostos nas paredes devem ter o mínimo de ordem e clareza, não devendo ter poluição visual. A sala de aula deve ser motivadora da leitura, da escrita e do manuseio do material didático.

Um ambiente alfabetizador é aquele que promove um conjunto de situações de usos reais de leitura e de escrita em que as crianças têm a oportunidade de participar.

SUGESTÕES QUE DEVEM SER UTILIZADAS PARA TORNAR A SALA DE AULA UM LUGAR AGRADÁVEL, COM AMBIENTE ALFABETIZADOR BONITO E PROPÍCIO Á ALFABETIZAÇÃO:





♥PARA EXPOR NOS VARAIS OU EM PAREDES DAS SALAS DE AULAS:

*OS ALGARISMOS(NÚMERAL E QUANTIDADES);

*ALFABETO (QUATRO TIPOS DE LETRAS);

*LISTA NOMINAL DOS ALUNOS (LETRA BASTÃO MAIÚSCULA-GRANDE);

*CALENDÁRIO;

*A ROTINA SEMANAL

*RELÓGIO;

*BANCO DE PALAVRAS (EM ESTUDO);

*TEXTOS TRABALHADOS DOS DIVERSOS GÊNEROS, COMO:

☻INFORMATIVOS

☻CIENTIFICOS

☻JORNALISTICOS

☻LITERÁRIOS

☻INSTRUCIONAIS

☻CANTIGAS

☻PARLENDAS

☻TRAVA-LINGUAS

☻LETRAS DE MÚSICAS

☻QUADRINHAS

☻LISTAS DE NOMES,FRUTAS, BRINQUEDOS...

☻CONTOS DE FADA

☻FÁBULAS

☻POEMAS

☻HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

☻CONVITES

☻BILHETES

☻PLACAS

☻ANUNCIOS

☻CAPAS DE LIVRO

☻ANEDOTAS

☻OUTROS, CONFORME NECESSIDADE



♥PARA TER PRESENTES EM SALA DE AULA:

☻ALFABETO MÓVEL

☻CANTINHO DE LEITURA

☻CAIXA DE BRINQUEDOS

☻MURAL DE UNIDADES DE ESTUDO(GEOGRAFIA-HISTÓRIA-CIÊNCIAS;)

☻ FOLHETOS DE PROGRAMAÇÃO

☻MANUAIS DE INSTRUÇÃO

☻JORNAIS

☻REVISTAS

☻RÓTULOS

☻RECEITAS

☻BULAS DE REMÉDIOS

☻CAIXA DE MATERIAL CONCRETO(PAUZINHOS, PEDRINHAS, FEIJÕES, ETC) PARA UTILIZAR NAS QUATRO OPERAÇÕES.

☻LIVROS DIVERSOS PARA O MANUSEIO DAS CRIANÇAS.



8- Por que é fundamental que o professor escreva todos os dias na frente dos alunos e compartilhe com eles situações reais de uso funcional da leitura e da escrita?

A escrita da lista das atividades da rotina do dia, os nomes dos ajudantes do dia, os nomes das duplas/grupos de trabalho, o título do texto que será lido no momento da leitura... São situações nas quais as crianças podem observar um “escritor” mais experiente escrevendo e ampliar as noções que já possuem sobre os procedimentos que envolvem o ato de escrever.





8- Por que escrever pelos alunos pelo menos uma vez por semana e propor atividades diárias em que os alunos ditam o texto e você professor escreve

Pelo menos uma vez por semana escrever pelos alunos: Uma lista de palavras cujo tema tenha significado no contexto do trabalho realizado até o momento. Pode ser uma lista com os nomes da turma organizados em ordem alfabética, dos nomes e da data de nascimento para a elaboração da “Agenda de Aniversários”, dos dias da semana, dos títulos das histórias lidas, dos nomes dos personagens preferidos, dos títulos das cantigas trabalhadas... Cartas ou bilhetes, produzidos de forma conjunta com a turma. O assunto pode variar: bilhete para pesquisar os nomes dos familiares mais próximos, para pesquisar a letra de uma cantiga, para obter informações sobre a data de nascimento dos alunos e outros dados que possam vir a fazer parte da “Agenda de Aniversários”. A letra de uma cantiga, uma quadrinha, uma parlenda - eles podem ditar o texto para que você a escreva na lousa.





9- Como pedir que os alunos leiam e escrevam se eles ainda não sabem ler e escrever de forma convencional?

Canções, poesias e parlendas são úteis para se chegar à incrível mágica de fazer a criança ler sem saber ler. Quando ela decora uma cantiga, pode acompanhar com o dedinho as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito, resta descobrir como isso foi feito. Se o aluno sabe que o título é Atirei o Pau no Gato, ele tenta ler e verificar o que está escrito com base no que sabe sobre as letras e as palavras - sempre acompanhado pelo professor. O leitor eficiente só inicia a leitura depois de observar o texto, sua forma, seu portador (revista, jornal, livro etc.) e as figuras que o acompanham e imaginar o tema. Pense que você nunca viu um jornal em alemão. Mesmo sem saber decifrar as palavras, é possível "ler". Se há uma foto de dois carros batidos, por exemplo, deduz-se que a reportagem é sobre um acidente. Ao mostrar vários gêneros, você permite à criança conhecer os aspectos de cada um e as pistas que trazem sobre o conteúdo. Assim, ela é capaz de antecipar o que virá no texto, contribuindo para a qualidade da leitura.





10- Preciso ensinar o nome das letras?

Sim. Como a criança poderá falar sobre o que está estudando sem saber o nome das letras? Ter esse conhecimento ajuda a turma a explicar qual letra deve iniciar uma palavra, por exemplo. Para ensinar isso, basta citar o nome das letras durante conversas corriqueiras. Se a criança está mostrando a que quer usar e não sabe o nome, basta que você a aponte e diga qual é. Trata-se de algo que se aprende naturalmente e de forma rápida, sem precisar de atividades de decoreba que cansam e desperdiçam o seu tempo e o do aluno, existem músicas e brincadeiras que servem para facilitar a memorização do alfabeto.





11- Ao fim da 1ª série, todos devem estar alfabetizados?

“Não necessariamente, apesar de ser recomendável. Se a criança foi exposta a textos e leituras variadas e teve oportunidade de refletir sobre a língua e produzir textos, é bem provável que ela termine essa série alfabetizada. Mas isso depende de outros fatores, como ter cursado a Educação Infantil e recebido apoio dos pais em casa. “Crianças que não têm esse contato com textos e que não convivem com leitores podem precisar de mais tempo para aprender o sistema de escrita. Mas minha experiência mostra que nenhuma criança leva mais de dois anos para isso", diz a educadora Telma Weisz, de São Paulo.

Como na educação não existem fôrmas em que se encaixem as crianças, é papel da escola oferecer condições para que elas se desenvolvam, sempre respeitando o ritmo de cada uma. Quando se pensa a alfabetização como um processo 1.º e 2.º ano, isso ocorre naturalmente, pois os alunos têm possibilidade de se aperfeiçoar no ano seguinte. Quando não há essa chance, eles correm o risco de engrossar os índices de reprovação. O aluno pode iniciar a 2.º ano ainda tendo que melhorar a sua compreensão sobre o sistema de escrita, mas ao fim do segundo ano a escola teve tempo suficiente para ensinar a todos. Fonte: www.mayrink.g12.br

12- Quais condições devem ser garantidas nas situações em que o professor lê em voz alta para os alunos?

- Horário nobre.

- Bons textos.

- Leitura para deleite.

- Explicar aos alunos os motivos pelos quais deseja compartilhar a leitura com eles.

- Evitar leituras com finalidade didática.

- Entre os textos de gêneros informativos, evitar textos com informações banalizadas, simplificadas e incompletas.

- Opinar sobre o que leu, colocando seus pontos de vista aos alunos.

- Escutar o ponto de vista dos alunos: a parte que mais gostaram e que menos gostaram, o que acharam da leitura.

- Oferecer elementos contextuais que dão sentido à leitura e favorecem a

antecipação do assunto (onde encontrou o texto, seu portador, ler partes do prólogo do livro e dados biográficos)

- Aja com seus alunos como gostaria que seus professores tivessem agido

com você para ajudá-lo a ser leitor interessado em qualquer tipo de texto





13- Iniciar a alfabetização com a letra bastão (forma/imprensa) ou com a letra cursiva?

É importante entender porque a criança aprende primeiramente a letrinha de fôrma e não a cursiva e não simplesmente ensinar só porque a maioria faz assim e dá certo! Realmente, dá certo, mas há uma explicação do motivo pelo qual essa maneira é a melhor!

A criança está desenvolvendo a motricidade na fase da alfabetização e a letra do tipo bastão é mais fácil para se adequar neste momento. Os rabiscos começam a se endireitar e formar letras.

As letras de fôrma/imprensa/bastão são ideais para esta fase, pois os caracteres são individuais e podem ser escritos um após o outro. Os traços são resumidos a pauzinhos aglomerados uns nos outros. Já as letras cursivas exigem uma agilidade maior, uma vez que, além de outras finalidades, são utilizadas para tornar o registro mais rápido.

O traçado simples das letras de fôrma dão maior liberdade no ato da escrita, ao contrário das “letras de mão” que precisam de uma organização maior. O ato de ligar uma letra a outra também dificulta o processo, pois anula a ação de tirar o lápis do papel e investir as forças na próxima letra, o que ordena um esforço motor maior.

Além disso, antes mesmo de serem alfabetizadas, as crianças já possuem contato com as letras de imprensa em jornais, na televisão, em livros, gibis. Elas não conseguem ler, mas fica na memória visual das mesmas.

Logo, a percepção da letra de fôrma é mais rápida e fácil do que da letra cursiva. No entanto, é importante trabalhar com esta última, assim que o aluno se habituar à primeira. Não há problemas se as duas formas coexistirem por um tempo, porque independente da letra o que deve sempre estar em foco é a escrita. Pois mais importante do que a letra que a criança escolhe, é a compreensão da escrita como um ato de comunicação.





Por Sabrina Vilarinho

Graduada em Letras

Equipe Brasil Escola





TEXTO 3



Refere-se a parte da monografia de conclusão do curso de especialização em linguagem, com o tema: Alfabetização - Um Processo De Integração - Discussão Sobre O Uso Da Letra Cursiva. Prof.ª: Márcia Regina Schweling Scala. CEFAC - Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica.





“...Tomando por base a experiência de quatro educadores de três escolas diferentes que adotam a filosofia do sócio-construtivismo com experiência em alfabetização , e que iniciam as crianças no uso de letra cursiva em fases diferentes do processo de alfabetização , procuro na literatura o que justifique o uso , as vantagens e desvantagens em qualquer uma dessas fases , citadas pelos educadores .

Além disso, foram analisadas as produções gráficas de cinquenta e três crianças de dois a seis anos , cursando o período pré-escolar que vai do maternal ao pré II , a fim de atualizar os dados referentes à evolução do grafismo e ,ainda , mais dez crianças cursando a primeira série. As crianças consideradas estão numa faixa etária de dois a sete anos e seis meses , não apresentam déficit cognitivo , alterações psicoemocionais, problemas de aprendizagem e nem problemas de desenvolvimento ou de integridade neuromotora .

O objetivo básico ao consultar os educadores foi tentar entender o que ocorria nos diferentes grupos . Em um a letra cursiva era introduzida no jardim, em outro no pré e no último na primeira série. Considerando-se as diferentes fases de um mesmo processo, existiria um momento que fosse mais adequado para processar a transferência?

O objetivo básico ao consultar os educadores foi tentar entender o que ocorria nos diferentes grupos . Em um a letra cursiva era introduzida no jardim, em outro no pré(1.º ano) e no último na primeira série(segundo ano). Considerando-se as diferentes fases de um mesmo processo , existiria um momento que fosse mais adequado para processar a transferência ?

Diante de alguns questionamentos por parte de orientadores escolares e da necessidade de encontrar respostas mais precisas acerca do desenvolvimento do grafismo, do uso da letra cursiva e de muitas outras questões referentes à alfabetização interessei-me por avaliar o uso da referida letra nas escolas ditas sócio-construtivistas. Ao questionar educadores a respeito de sua introdução e uso, obtinha as mais inusitadas respostas. De acordo com a escola, o professor introduz a referida letra em diferenciadas fases do processo. Os profissionais que introduzem mais tardiamente alegam que existe complexidade no traçado, que devemos respeitar o desenvolvimento visual e motor , levantando ainda a dificuldade imposta mediante o domínio de relações de tamanho (maiúscula e minúscula) bem como , a irregularidade diante do uso da linha (nem sempre permanecem sobre a linha) . Os que introduzem o uso mais precocemente alegam, que nós é que temos algumas visões pré-concebidas sobre o que possa causar dificuldades para a criança; que elas apresentam grande capacidade para lidar com signos e têm especial motivação por fazer uso da mesma forma de escrita utilizada pelos pais .

Para minha surpresa, nenhum profissional consultado fez menção quanto ao fato de estarmos diante do processo conceitual que é a leitura e a escrita, sendo, portanto, mais importante que a criança entenda o valor, a função e as características deste objeto cultural (Contini Jr, ) do que a forma (tipo de letra) que ela possa vir a assumir . Portanto , parece existir uma outra importante e real questão que é a distância entre a teoria e a prática educacional.

Ao considerar a escrita como uma capacidade de representar idéias com formas gráficas e a letra como um recurso instrumental da leitura e da escrita, acredito que a passagem da letra Bastão para a letra cursiva deve fundamentar-se: 1-) Nas supostas habilidades cognitivas que permitem à criança lidar com muitos signos, apresentados segundo uma única forma desde as fases iniciais do processo de alfabetização . Deve ser primeiro enfatizar o completo conhecimento dos mecanismos envolvidos na leitura e na escrita para, finalmente , efetuar a transcodificação para a cursiva ; 2-) Que devemos fazer diferenciação do processo de escrita enquanto processo conceitual de um processo de escrita motora , podendo estimular o uso de ambas as formas desde que o contexto o possibilite e que este de uso fique claro para o educador e para criança ; 3-) O uso da letra bastão pode ser estendido até a fase de elaboração de narrativas , pela simplicidade que oferece. A transferência de uso de letra pode implicar em perda temporária na velocidade

de codificação com algumas quebras no conteúdo das narrativas mas , são alterações rapidamente superadas pela criança. Dessa forma, se a criança atingir o completo conhecimento dos mecanismos da leitura e da escrita no período pré-escolar, a partir de então, a transferência torna-se viável. Se tal fato ocorrer no primeira série, o mesmo procedimento de transferência deve ser adotado.

Pelo que foi exposto , finalizo , concluindo que a criança percorre um longo caminho na construção da escrita até compreender o seu uso, sua função, suas características. Assim, muito embora fique evidenciado que é muito melhor que a letra cursiva seja introduzida após a fase em que a criança já compreendeu o sistema de escrita e, portanto atingiu, no mínimo, um nível alfabético, pois em fases anteriores lida com muitas questões conceituais e situa-se em diferenciadas fases de desenvolvimento cognitivo que lhe dificultariam lidar com signos múltiplos não podemos descartar a possibilidade de um trabalho em grupo existir a emergência do interesse pelo uso da referida letra em fases anteriores, pois, de acordo com Ferreiro, as crianças não passam por esse processo de forma isolada, e, a atividade grupal gera a possibilidade de socialização do conhecimento. Ocorre, no entanto, que o efeito desse estímulo pode surtir impactos diferenciados nos esquemas de assimilação das crianças, fazendo com que cada uma possa interpretar e assimilar de maneiras diferenciadas. Nessa etapa entra a influência do meio de modo a reforçar ou não o seu uso. “Concluindo, existem parâmetros evolutivos de grafismo, de desenvolvimento cognitivo, de níveis conceituais que indicam uma fase mais apropriada para lidar com os caracteres gráficos, mas não deve ser nunca esquecido o contexto de uma forma mais global.”









Conclusão: Caberá a cada educador ler, pesquisar e decidir junto às experiências em classe quando e qual o modo mais adequado de agir na passagem da letra bastão para a cursiva, ressaltando que uma vez decidido, esta transição deverá ser realizada com responsabilidade e planejamento adequado atendendo à diversidade da sala de aula.   http://agiralfa.blogspot.com.br/